7.5.15

Processo de construção de paisagem "Tóxico Trópico" com os alunos do Instituto Politécnico do Porto


Com curadoria e coordenação de Prudência Coimbra, Maria de Fátima Lambert e António Fernando Silva, recebi o convite da Escola Superior de Educação, para fazer um trabalho como parte dos eventos que comemoram os 30 anos do Politécnico do Porto.
Combinamos que o trabalho seria feito á distância, partindo de algumas reuniões por Skype com instruções bem simples, e executado por uma equipe de aproximadamente 90 alunos do curso de Artes Visuais. O conceito do trabalho segue o mesmo procedimento da série de paisagens Tóxico Trópico. Á partir de uma série de elementos pré-determinados, como pedras, entulhos, escada, vegetação entre outros, desenvolvo novas composições, formando novas paisagens. A diferença agora é que o desenho seria realizado em um escala gigante na fachada de dois simpáticos edifícios da Rua D. João IV, bem típicos do Porto.
Os alunos, todos equipados, munidos de capacetes, andaimes e coragem para enfrentar a altura, desenvolveram o desenho de forma surpreendentemente organizada e rápida.
Fiquei acompanhando pela internet, a empolgação em resolver o desafio,  e a cada dia o impacto  do desenho na paisagem urbana crescia.

O resultado foi uma intervenção no cotidiano que se relaciona com o entorno tantos dos prédios vizinhos, quanto de um barranco de pedras coincidentemente situado em frente da pintura. Ter feito essa paisagem de elementos do Brasil em um prédio de Portugal precisando de uma boa restauração, trouxe novas camadas de leitura, assim como a própria situação do trabalho coletivo.
Adoraria ter acompanhado o trabalho, a empolgação era nítida nas imagens que recebia nas redes sociais, mas qualquer participação minha na produção teria acabado com a proposta. Nesse caso a distância faz a graca, e fico observando quieto e agradecido, meus novos amigos se apoderando e dando novos significados a esse desenho que já fiz tantas vezes, e que agora não é apenas meu.






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